Música Fascinante
Jota.Coelho, 23.03.10
Aos amantes da música africana, vejam este link:
https://videos.sapo.pt/t6D6S3mfbFzhMvFAfC8n
Bem-vindos a este espaço.
.
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Jota.Coelho, 23.03.10
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Jota.Coelho, 22.03.10
Sendo ontem o Dia da POESIA, aqui deixo dois poemas dos tempos que andei por África:
A MÍSTICA DO BATUQUE
Em noites de refulgente luar
os corpos todos se agitam
ao som do tam-tam-tam
onde mais emoções palpitam.
- Por quinze tostões e um doce
podes ter o meu corpo quente
não pagas imposto, e se fosse
uma noite bem diferente?
Assim falou a mulatinha
de voz piamenta e terna,
ao roçar na minha perna!
É a miséria madura e crua
da menina que se oferece nua
na esteira em noite escura
ao som das marimbas pretas
dos batuques desta rua
onde gemem as silhuetas
que rasgam negros desejos.
A vida nos bairros fantasmas
onde resvalam os beijos
e os lamentos de solidão...
são arestas, são escamas
a torturarem a tesão!
Luanda, Janeiro de 1962
Joaquim Coelho
AEROGRAMA PERDIDO
Quando eu regressar da jornada
que a Pátria me determinou
porei fim a esta angústia
de saber aferir a razão
porque falharam os aerogramas
que me davam a ilusão
de acreditar no amor adiado
como forma de salvação
do coração destroçado.
As vicissitudes são tantas
neste espaço dos medos
que já não sei saborear o amor
nem do teu corpo os segredos
e o coração amarrado
à penúria dum papel
é como um corpo amolgado
antes de saborear o mel.
Não me deixes na solidão
destes caminhos minados
onde se rompem os corpos
feridos e ensanguentados
na tragédia das picadas
perdidas na paisagem
com molduras de espingardas.
Deixa-me olhar a imagem
que um dia te roubei
na planície da juventude
onde desagua toda a verdade
dum amor que nos uniu
na lonjura da distância
que esta guerra pariu.
Não estilhaces o meu corpo
com a arma do silêncio…
a fuga não é razão
para me desamparares
no meio deste sertão…
se os seres nascem aos pares
o meu é par do teu
como o teu é par do meu.
Antes do fim há um sinal
que revela as emoções
de quem anda à deriva…
ainda espero a carta
que me traga a salvação
e o consolo do refúgio
que está no teu coração.
Nacala, Novembro de 1966
Joaquim Coelho
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Jota.Coelho, 04.03.10
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