TEMAS CONTROVERSOS-Guerras ultramarinas
Jota.Coelho, 07.01.13
Por considerar pertinentes alguns comentários publicados na Net, aqui reproduzo, com a devida vénia, os seguintes:
Conversa de "Caserna"
Senhor António de Noronha de Oliveira Martins,
Leio com particular agrado os seus textos, nos quais denuncia e critica, muito do que é publicado nas páginas deste excelente PortugalClub. Graças ao portuguesismo do Senhor Casimiro Rodrigues, este sítio continua a ser um extraordinário veículo de divulgação das muitas e desgraçadas vergonhas a que o nosso Portugal tem sido sujeito, permitindo repôr a verdade onde os traidores semearam a mentira. Sou autor - perdoi-se-me a imodéstia - do livro "Os últimos heróis do Império", uma homenagem que senti devia ser prestada a todos os militares portugueses dos três ramos das Forças Armadas - brancos, negros e mestiços - que bravamente se bateram nas três frentes de luta. Todos eles - com ou sem credos políticos - foram fiéis ao sagrado Juramento de Bandeira que um dia fizeram.
Tenho acompanhado as discussões, entre militares, que são trocadas nestas páginas. E comungo da sua opinião, Senhor Oliveira Martins: onde estavam no dia 25 de Abril de 1974 e que fizeram para corrigir os erros praticados.
Alguns deles bateram-se no Ultramar e ganharam altas condecorações. Então porquê as suas atitudes presentes?
Embora as mentiras semeadas tenham dado fracos frutos, é imperioso que a verdade sobreponha todas elas, quanto mais não seja para que não tenhamos que chorar os mortos. Todos os que se orgulham de ser portugueses e se identificam com oito séculos de História de heroismo e sacrifício querem que a verdade seja a herança de nossos filhos.
Cumprimentos. Rui Miguel - Lisboa
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Não se esqueça que os "militares" que pertenceram ao MFA mais não foram que "políticos fardados".
Senhor Oliveira Martins,
Pelas suas palavras percebe-se que vive enraivecido e descarrega essa raiva contra tudo e contra todos sem excepção, colocando todos no mesmo saco.
Usando as suas próprias palavras poderia dizer-lhe que mais não fez que masturbar-se intelectualmente quando me atacou pela forma como o fez e sem me conhecer.
As generalizações de casos particulares normalmente conduzem-nos a erros desta natureza e por isso antes de tudo deveria tentar saber quem escrevia e porque escrevia esses assuntos de ordem militar.
É fácil falar! O difícil é saber falar com propriedade e justeza mas, para isso é preciso ter-se um conhecimento profundo do assunto de que se fala e de quem se fala.
O facto de defender as Forças Armadas Portuguesas nas pessoas dos seus SOLDADOS não significa que esteja de acordo com os políticos que conduziram Portugal a esta situação miserável em que nos encontramos. Fi-lo por imperativo da Verdade e porque eles merecem que se faça essa Justiça. Como disse e agora repito não me moveu qualquer vaidade ou tentativa de me justificar ou salientar quando escrevi a defende-los nas suas acções em África.
Como não o conheço, nem sei quem é, para não cair no mesmo erro que cometeu ao falar de mim, por aqui me fico e desde já lhe digo que após este pequeno esclarecimento não voltarei a este tema. Não alimentarei polémicas que em nada dignificam as Forças Armadas que muito prezo e respeito sabendo que as mesmas só irão beneficiar os políticos que tudo fazem para denegri-las e assim poderem-se limpar das sujeiras que têm feito. Não se esqueça que os "militares" que pertenceram ao MFA mais não foram que "políticos fardados". E com isso está tudo dito....
Se tem razões de queixa das políticas que originaram a sua raiva ataque esses responsáveis e não os outros que nada fizeram para que isso acontecesse!
Respeitosamente,
Luís Augusto Tavares Soares da Cunha
Coronel de Infantaria Reformado
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Sobre o título acima António Martins tece várias considerações com carácter absoluto e de quem tem a verdade toda. Não tem ! Ao contrário do que afirma, a guerra nas colónias não estava ganha. Estava em “ banho Maria “ em Angola, em “ fogo lento” em Moçambique e politicamente perdida na Guiné.
O esforço financeiro com a guerra lançava a economia portuguesa para uma crise sem precedentes com o primeiro choque petrolífero. Percentagem significativa da população portuguesa tinha de emigrar para sobreviver. Milhares de pessoas amontoavam – se em bairros de lata no interior ou nos subúrbios de Lisboa e do Porto. Por isso o golpe militar do 25 de Abril foi tão saudado pela população e recebeu tão massiva adesão popular.
António Freire
Podem comentar, porque o assunto não está encerrado...
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